29.7.07

O direito da dúvida

Mesmice, rotina e tédio. Todos demasiadamente angustiantes. Só em pensar me perco em pensamentos torturantes que costumam se alojar por horas a fio e por tempo indeterminado na cabeça que gira mundo afora. Mundo aliás, inquietante. Extasiante também! Que não pára de girar. Quando percebo que a vida está se aproximando do tédio, viro o leme tentando me direcionar pra outros mares mais agitados. Tormenta. Nem sempre os ventos são tão favoráveis. Subo na proa, relaxo, deixo o vento bater no rosto e espero a terra mais firme se aproximar.
Atracar!
Terra firme! Destino dos náufragos. Porto seguro! O mais esperado dos navegantes da vida e nem sempre o mais alcançado. Desço e percebo que tenho um mundo inteiro a explorar. Mundo de areia movediça, pode ser. Incerto de se pisar, porém tentador. Mundo inusitado, por sinal. Cheio de desejos, vontades próprias, angústias, dúvidas, inquietações e perguntas. Perguntas que não silenciam jamais. Impulsionam a alma que anseia por respostas. Respostas sem certezas. Certezas sem respostas. Certeza apenas de que um novo dia se anuncia repleto de incertezas.


Beijos e inté!
Érika


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