20.6.07

Por onde começar?

Uma página em branco é sempre uma página em branco. Ou seja, um problema pra quem gosta ou precisa escrever. Principalmente para os escritores, não importa se famosos ou anônimos, que têm prazo para escrever - uma página em branco pode ser, e na maioria das vezes é, torturante! Um vazio na criatividade! Pode ser responsável por uma crise profissional, ou então, por algumas horas de dor de cabeça até que se consiga preencher os espaços em branco. Só em ouvir falar dá arrepios e o branco parece ficar ainda maior tomando proporções gigantescas. Pode ser sinal de muito o que dizer e não saber por onde nem como começar. Pode ser sinal de falta de assunto pra dizer. Pode ser sinal de falta de coisas interessantes a dizer para os leitores. Pode ser até falta de tempo. Vai lá! Na verdade, pode ser sinal de muita coisa ou de nada em especial. Nessas horas é difícil achar culpados. Muitos dizem que a falta de inspiração pode ser o pivô de tal mal. Não sei se é verdade. Mas o que sei é que a gente só percebe que foi assombrada por tal fantasma quando nos deparamos diante dele - com a tal folha em branco ou com a tela do computador vazia. Foi exatamente o que aconteceu comigo no início desse post. Fiquei alguns minutos olhando para a tela do meu computador e nada me vinha a cabeça. Branco absoluto! Até que o próprio branco virou fonte de inspiração.

Beijos e inté!
Érika

13.6.07

Males urbanos


Olho pro carro ao lado do meu e penso: Meu Deus!! O que está acontecendo com o mundo e com as pessoas? Nada posso fazer. Caos diante dos meus olhos que tentam se enganar com o som às alturas. Em vão! Um filme acabou de passar na minha frente. Um mix de terror e drama. Com legenda e tudo. Viramos todos vítimas de nós mesmos. Viramos todos vítimas das mazelas do mundo, viramos todos esgoístas, viramos todos individualistas no pior dos sentidos, viramos todos doentes contemporâneos. Viramos ou não é essa a nossa essência mais verdadeira? Pânico! Black out! Respiração ofegante! Síndrome disso, síndrome daquilo, neurose aqui, neurose acolá. E quando os médicos não sabem o que dizer é VIROSE! E dá-lhe de remédio, de conversa, de depressão, de tédio, de dor, de paleativos, de terapia. E haja terapia! Ufa!! Tomo fôlego. O mundo ensurdeceu. Emudecer jamais! Blá, blá, blá, .... . Escuta zero. Tá aí! Quem sabe os publicitários não criam um produto com esse jargão? Talvez fique mais fácil encarar tudo isso num único gole. Cowboy! Uns dizem que pode ser a crise dos trinta. Outros dizem que não. Sinceramente não sei dizer. O que sei é que nada parece mais como antes. Nem mesmo eu!


Beijos e inté!

Érika

7.6.07

Azul da cor do mar


Esperar, esperar e ...... esperar! Ufa!!! Só de ouvir dá uma canseira!! Nos últimos tempos era o que mais costumava ouvir. Se questionada o que tanto esperava, não sabia nem mais o que responder. A tal da espera foi tão prolongada e ansiada que os próprios desejos começavam a traí-la. Alguns desejos, na verdade, foram criados. Desejos esses, que antes nem pensavam em transitar pela sua cabeça sonhadora. E, olha que eram muitos os desejos, os planos e as promessas que a vida lhe prometera. Não sabia se sentava à espera ou se saía a procura de não-sei-mais-o-que. Estava confusa. Sem eira nem beira. À deriva! Sentia-se pequenininha, como um barquinho de pesca abandonado na imensidão azul do mar. Um dia cheia de esperança no outro perdida, completamente perdida. Mas enquanto não se encontrava o melhor era realmente continuar à esperar.
Beijos e inté!!
Érika