20.5.07

Amarga inocência

Pueril. Assim era como o amor costumava se apresentar pra ela. Por mais que tentasse fugir desse sentimento ingênuo e sincero, lá estava ele. Incessante e insaciável! Por mais calejada que estivesse, lá aparecia ele. Nem sequer pedia licença. Bater na porta de seu coração, nem pensar. Invadia e pronto! Devastava por onde passava. Antigos amores só serviam pra aumentar sua lista, que na verdade não era das maiores, mas com certeza era das mais esquisitas. Naquele porto, nada seguro, já aportaram os mais diferentes tipos. Preto, branco, gordo, magro, loiro, moreno, bonito, feio, cafajeste, bom-moço, etc e tal. Não que isso fosse motivo de orgulho. Pelo contrário. Mas com certeza servia de experiência. Mesmo que frustrante!! Repetir figurinha às vezes era necessário. Os desejos afloravam seu corpo que fervilhava de prazer. Ignorá-los não era a melhor opção. As conseqüências poderiam ser arrasadoras. Quem tropeçava com aquela ninfeta ficava entorpecido. Extasiado!! No entanto, era como tirar a sorte grande. Todos sonhavam em tirar.

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