12.9.07

Primórdios dos velhos tempos



A alma silencia em contagem regressiva. Progressivamente é ferida. Clama por ser ouvida. Mas não há ninguém do outro lado. Somente um vazio à espera.
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Angústia!
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A alma grita como última tentativa de ser escutada e quem sabe entendida. Ruído na comunicação. O mundo se transformara num grande hiato. Num verdadeiro abismo incomunicável. Quanta ironia pro mundo moderno que cresce vertiginosamente como os arranha-céus das grandes cidades.
Progressivamente.
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Silêncio uníssono! Silêncio que angustia e corrói por dentro como o mar que bebe a areia e que finge não sentir. Silêncio que não tem vez num corpo que fala copiosamente dando pistas de que está doente. Doente da sociedade. Ninguém ouve. Ninguém olha. Ninguém sente. Coisas da modernidade. Todos só querem falar. Só pensam em verborragia. Substantivo feminino, que por sinal, anda na moda. E todos só querem estar in. In por algo e não mais por ninguém. O mundo virou umbigo do próprio mundo. Egoísta por natureza. Egoísta na sua sua essência mais verdadeira.



Beijos e inté!
Érika

Um comentário:

Anônimo disse...

Concordo plenamente. Mas, só depende de nós. Temos que dar o primeiro passo se quisermos mudar esse statu quo ( erroneamente dita como status quo). Parabéns pelo texto. Muito atual e oportuno.